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23 de agosto de 2018

Brasil dá os primeiros passos na produção de radiofármacos

O Governo Federal deu o primeiro passo para a construção do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), empreendimento capaz de produzir radiofármacos utilizados no tratamento de doenças como o cancro.

A iniciativa contribuirá para o fim da dependência externa de radioisótopos e para o fornecimento de radiofármacos ao SUS (Sistema Único de Saúde) a preço de custo. A pedra fundamental da obra foi lançada sexta-feira, dia 8 de junho, em Iperó (São Paulo), pelo presidente da República Michel Temer. O ministro da Saúde, Gilberto Occhi participou no evento e reafirmou que o investimento de R$ 750 milhões está previsto no orçamento da Pasta.

O presidente da República, Michel Temer, enfatizou que o projeto eleva o patamar brasileiro, assim como promove o desenvolvimento do país. "Para a área da saúde, a construção do relator fortalece muito o SUS. Vamos produzir o material para o sistema único de saúde a preços naturalmente mais baixos, e, desta forma, aumentar os atendimentos e levar esperança a quem está doente e precisa de ajuda", explica o Presidente.

Desde 2009, o Brasil enfrenta dificuldades no abastecimento de radioisótopos e de radiofármacos, que hoje são importados. Isso deve-se à paralisação do reator canadiano que abastecia todo o mercado brasileiro e 40% do mundo. Desde esse momento, o país procura outros fornecedores, já que cerca de dois milhões de procedimentos médicos utilizam os radiofármacos, sendo que 24% são realizados no SUS.

O empreendimento reduzirá os problemas de abastecimento do país e tornará o Brasil autossuficiente na produção de radiofármacos. O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, destacou o impacto que isso terá para a população. "O uso dessa tecnologia qualificará a atenção à saúde da população em diversas áreas que fazem uso da medicina nuclear, como cardiologia, oncologia, hematologia e neurologia. Permitirá a realização de diagnósticos mais precisos de doenças e complicações", realçou o ministro.

A obra também contribuirá para aumentar os investimentos na área médica, já que permitirá o acesso à medicina nuclear para mais utentes do SUS.

Fonte: www.cff.org.br