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28 de maio de 2021

ESPERANÇA PACAVIRA FERNANDES, AUTORA DO LIVRO

Numa entrevista ao Jornal de Angola, Esperança Dores dos Santos Pacavira Fernandes, pós-graduada e mestre em Gestão de Saúde, faz uma abordagem exaustiva acerca da gestão de reservas em farmácias hospitalares e normas de funcionamento deste importante serviço.

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A autora considera que os recursos humanos são o verdadeiro calcanhar de Aquiles e afirma “o défice está muito acentuado, principalmente, em termos de farmacêuticos para gerir os medicamentos que são alocados às farmácias.” Refere ainda a autora que, da pesquisa realizada, foi difícil encontrar em Angola o rácio cama, técnico de farmácia e farmacêutico. Em vários países utiliza-se um farmacêutico para 50 camas e um auxiliar de farmácia, que é o técnico médio, para 10 camas. Esperança Pacavira Fernandes considera a aituação atual muito aquém do que seria de se desejar devido a falta desse capital humano que inviabiliza o trabalho da farmácia, 24 sob 24 horas.

Outro aspeto identificado pela autora foi o da gestão de reservas em farmácias hospitalares, o conjunto de atividades desenvolvidas nas farmácias. De acordo com a autora, o seu cabal funcionamento requer a utilização de técnicas apropriadas, definição de parâmetros, instalações adequadas para as reservas, manuseio, controlo e distribuição, de acordo com as necessidades dos usuários. Salienta que “a inexistência de uma perceção correcta, em relação a estas necessidades, torna praticamente impossível, a qualquer unidade hospitalar, prestar aos utentes o tipo de serviço que devem receber. A gestão de reservas em farmácia hospitalar representa um fator determinante para a melhoria da qualidade de serviço ao paciente. Uma área de administração hospitalar, cujo desempenho tem reflexos imediatos no quadro orçamental das unidades hospitalares.”

Quando questionada sobre os principais constrangimentos, Esperança Pacavira Fernandes identifica a organização, ou seja, a sistematização dos processos, a falta de recursos humanos, a definição concreta do trabalho que o farmacêutico deve exercer para evitar a usurpação de competências, como acontece com muita regularidade, e a atribuição de maiores competências aos farmacêuticos. De acordo com a autora, a prática demonstrou que, no desempenho das suas funções, os farmacêuticos são ultrapassados por outros sectores que acabam por assumir o trabalho que, era suposto, eles fazerem. Devido a esta situação muitos acabam por esquecer do que aprenderam.

Aceda à entrevista completa aqui.