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28 de abril de 2017

CFF abre encontro sobre logística reversa e descarte de medicamentos

Foi aberto, em Brasília, pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), o Encontro Interinstitucional sobre a Logística Reversa de Resíduos de Medicamentos no Brasil. O evento, que reuniu representantes de órgãos governamentais e de entidades profissionais e da sociedade civil organizada, foi coordenado pelo do Grupo de Trabalho (GT) sobre Descarte de Medicamentos e Logística Reversa do CFF. O objetivo foi debater e apontar soluções ao problema do descarte inadequado de medicamentos no país.

Durante a solenidade de abertura, o presidente do conselho, Walter da Silva Jorge João, externou a expectativa de que o encontro viesse a contribuir para a construção definitiva de um acordo entre os setores envolvidos e que esse acordo seja, de fato, colocado em prática com vista ao cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) - Lei 12.305/2010, regulamentada pelo Decreto nº 7404/2010. “Há, um atraso injustificado em relação à logística reversa de resíduos de medicamentos, visto que todos os demais segmentos – de lâmpadas, agrotóxicos, pneus e outros – já tiveram sua regulamentação aprovada.”
 
O presidente do CFF destacou o empenho e o interesse dos farmacêuticos, em meio à “calmaria” que permeia a questão, que ele salienta ser um problema de saúde pública. “Pesquisas apontam a gravidade da situação. Segundo pesquisa realizada pela Universidade de Campinas (Unicamp), de São Paulo, 80% das pessoas entrevistadas em mais de 140 municípios descartam os resíduos de medicamentos no lixo comum”, disse.
 
A coordenadora do GT sobre Descarte de Medicamentos e Logística Reversa do CFF, Rossana Freitas Spiguel, salientou o protagonismo do conselho, por meio do GT, na busca da regulamentação. “Recebemos essa missão do presidente do CFF e, com o empenho de todos os membros do grupo, hoje temos a satisfação de estar aqui, neste evento”, observou. Segundo Rossana Spiguel, que é conselheira federal de Farmácia pelo estado do Acre, do encontro será retirado um documento a ser encaminhado aos órgãos responsáveis com vista à regulamentação, seja por meio do Acordo Setorial, que se encontra parado no Ministério do Meio Ambiente desde 2014, seja por meio de um decreto federal.
 
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