À conversa com...
O Professor Santos Morais Nicolau é o novo Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos de Angola (OFA). A composição dos órgãos socias da atual equipa podem ser consultados
aqui.
A AFPLP regista desta forma o seu agradecimento e reconhecimento à Direção cessante e em especial ao Bastonário cessante Dr. Boaventura Moura, pela dedicação desde outubro de 2013, momento de decisão da criação da Ordem dos Farmacêuticos de Angola.
À nova Direção e em especial ao seu Bastonário apresentamos votos de sucessos e agradecemos pela disponibilidade já demonstrada em incluir a AFPLP como parceiro estratégico.
Assim, esta edição da newsletter da AFPLP começamos com uma conversa com o Bastonário da OFA, Professor Santos Morais Nicolau.
Qual considera ser a intervenção da Ordem dos Farmacêuticos de Angola (OFA) de maior importância para a sociedade Angolana?De entre as intervenções mais relevantes para a OFA em Angola, figuram:
- Garantir que os produtos Farmacêuticos, químicos, meios de diagnóstico etc, que circulam pelo país, reúnam os requisitos exigidos pelas normas internacionais no que concerne à: qualidade, segurança e eficácia; para o efeito, é primordial a participação dela (OFA) na conceção da Política Nacional de Saúde.
- Coadjuvar o Estado no que tange à educação da comunidade, atinente ao manuseio dos medicamentos pelas populações, os riscos que estes acarretam e garantir o uso racional destes e demais produtos químicos.
- Coesão da classe Farmacêutica.
Quais são os maiores desafios e prioridades para a OFA?Os maiores desafios, para citar alguns, apontam para:
- Organização da base de dados da classe, que permita em tempo real localizar qualquer membro e em qualquer ponto do país.
- Acomodar em sedes próprias O Conselho Nacional, os Conselhos Regionais, as Delegações e a instituição dos Colégios de Pós-graduação.
- Conceber os Regulamentos internos da OFA na sua generalidade.
- Lutar pela dignidade da classe
- Harmonização dos programas curriculares entre as diferentes entidades de Ensino Superior que ministram o curso em Ciências Farmacêuticas.
- Formação pós-graduada
- A criação de uma Indústria Farmacêutica forte, capaz de responder com as necessidades prementes da população.
O que o motivou a ser farmacêutico?A paixão pelos laboratórios das diferentes Químicas, Físicas, Químico-Físicas, Biologia etc, motivaram-me sem hesitar, a seguir a licenciatura em Ciências Farmacêuticas. O meu pai (in memoria) sempre quis que estudasse medicina, mas eu estava mais inclinado pela pesquisa em laboratórios e não à atenção assistencial.
O que espera da AFPLP?Espera-se uma parceria que venha a dirimir muitas das debilidades com as quais a classe ainda se depara, através de programas que permitam a cristalização dos diferentes desafios e metas que ao longo da marcha forem surgindo, além das já identificadas.
Nota Biográfica:Professor Santos Morais Nicolau licenciou-se em Ciências Farmacêuticas pela Universidade de Oriente, em 1991. Mestre em Farmacologia Clínica, pela Universidade Autónoma de Madrid, em 2009. Doutorado em Farmacologia Neurodegenerativa, pela Universidade Autónoma de Madrid, em 2010. É Docente de Farmacologia na Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto (FMUAN), desde 1992 onde foi também Vice-Decano entre 2010 e 2015 e atualmente Decano desde 2015.